sábado, 4 de agosto de 2012

Intolerância Religiosa no Mercado Popular da Uruguaiana

Sempre fui ao mercado popular da Uruguaiana, no centro do Rio de Janeiro,  para dar uma volta depois do almoço. Uns dias atrás encontrei por acaso um box de um grafiteiro que fazia desenhos em camisas. Olhei o catálogo de fotos e a grande maioria das estampas feitas por ele me impressionou.


Perguntei se ele poderia pintar uma camiseta se eu trouxesse o desenho. Ele disse que sim. Dias depois retornei. Mostrei o desenho que imprimi em tamanho grande em uma página A4. O desenho em questão é esse:




Paguei a vista o valor solicitado (R$ 30,00 + camisa). Tudo certo. Não pedi prazo, mas ele prometeu me entregar a camisa no final da tarde.

Observei que ele tinha exposto uma pintura recente, uma camiseta da "polêmica" banda Cone Crew Diretoria, e estava terminando uma pintura de uma camiseta com o rosto do gênio da física Albert Einstein.
A imagem era essa:

Quando vi a pintura, perguntei por quanto ele venderia a camiseta e ele disse que aquela seria para mostruário. Mas cobraria R$ 80,00 em uma outra.

Ao ver a pintura de Einstein  me animei. 

Tudo corria bem, ficamos conversando amenidades e ele sempre dava uma olhada para o símbolo, ele ficou admirando a figura e em seguida ele me perguntou se queria que eu escrevesse algo na camiseta. Eu disse que não, apenas o símbolo. Então ele não resistiu e me perguntou que símbolo era aquele e eu disse que era o símbolo do ateísmo. Só falei isso. Nem expliquei muito. No mesmo instante ele disse que não poderia mais fazer a pintura. Pegou o dinheiro que havia dado de entrada e me devolveu, junto com a figura. Pediu muitas desculpas... disse que não poderia, e eu não quis entrar em polêmica, já que poderia causar alguma confusão. Afinal eu no meu íntimo já sabia que ele não faria...

Antes de partir eu apenas disse que achava engraçado ele estar pintando Einstein e camisa com referências a drogas e armas. 

Vida que segue.





Metallica - O deus que falhou...



O tema central da canção é a força da fé e da confiança humana sobre deus, e de uma crença sem recompensa em um Deus que não consegue curar. 

A letra e a música foram inspirados por James Hetfield nos momentos de angústia sobre as circunstâncias da morte de sua mãe. Ela morreu de câncer depois de se recusar a ter assistência médica, apenas contando com sua crença em Deus para curá-la.

James Hetfield acredita que se não tivesse seguido a Ciência Cristã, sua mãe poderia ter sobrevivido.

A Ciência Cristã baseia-se fortemente na crença do poder de Deus que cura. Assistência médica, consultas médicas e educação do corpo não é permitido. O corpo é um vaso, e só serve ao propósito de manter a alma.

Sob a doutrina da Ciência Cristã, Deus vai te curar se você está destinado a ser curado. Se não, então sua morte é pré-ordenada pelo Poder Superior. Funerais e do processo de luto são ignorados. Não há nenhuma razão para lamentar sob o cobertor da Ciência Cristã, porque a tua alma amado vive com o Senhor.

O desespero de ver sua mãe definhar lentamente (na época) uma doença terminal, e a raiva de seu pai (também seguidor da Ciência Cristã) deixando a família, foram os combustíveis para a revolta adolescente de Hetfield (então com 16 anos).

A morte da mãe e sua relação posteriormente turbulenta com a religião são dois assuntos recorrentes que têm sido o ponto focal de alguns dos Metallica letras 's (as canções "Mama Said", "Dyers Eve" e "The God That Failed ", são sobre a mãe de Hetfield e seu pai, e "Until It Sleeps" é sobre o câncer, a partir do qual ambos os pais morreram).

O Professor Assistente da Religião da Baylor University, Paul Martens afirma que Hetfield faz não celebrar o fracasso de deus na música, mas sim culpa deus, pela fé de sua mãe e a sua morte, para contribuir para a falta de sentido da vida. Hetfield não confirmou a declaração de Martens.