quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Pastor é acusado de abusar de 8 meninas


A Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) de Franca, na região de Ribeirão Preto, no interior de São Paulo, está investigando mais uma denúncia de abusos sexuais, que desta vez teriam sido praticadas por um pastor evangélico de 32 anos. As vítimas são oito meninas, entre 13 e 16 anos, que teriam sofrido assédio e carícias (sem penetração), entre agosto de 2010 e janeiro último.


O pastor teria cometido os abusos quando as meninas, a pedido da mulher do evangélico, iam à sua casa à noite para cuidar de seus dois filhos, de 3 e 6 anos. A denúncia foi feita por uma mãe ao Conselho Tutelar, que encaminhou o caso à DDM na terça-feira (22).


No ano passado, a DDM investigou abusos sexuais que teriam sido cometidos pelo padre José Afonso Dé, então com 74 anos, contra seis adolescentes entre 12 e 16 anos. Dé está afastado de suas funções religiosas. O pastor também foi afastado.



O pastor Daniel Paulino de Souza atuava na igreja do Jardim São Luiz, uma das 47 congregações da Igreja Evangélica Assembleia de Deus em Franca, que tem cerca de 12 mil integrantes.


O vereador e pastor Otávio Pinheiro (PTB) disse que seu colega foi afastado das funções quando a diretoria tomou conhecimento das acusações. Isso teria ocorrido há pelo menos dez dias. Souza foi substituído e a igreja aguardará a investigação da Polícia Civil para definir qual será o seu destino.

De cueca - Souza tinha a confiança das famílias de sua congregação e, por isso, muitas mães deixavam suas filhas dormirem na casa do pastor, como babás de seus filhos. A mulher do pastor não teria presenciado, pois estaria dormindo.

As adolescentes informaram à delegada Graciela David Ambrósio, da DDM, que o pastor circulava pela casa apenas de cueca, dizia palavras carinhosas e passava as mãos em suas pernas e seios. Contra uma delas, ele teria tentado arrancar a roupa, só não conseguindo porque a menina ameaçou gritar.


As jovens temiam as ameaças do pastor e as reações dos próprios parentes, mas recentemente, ao conhecerem as histórias umas das outras, uniram-se e denunciaram o caso. Um boletim de ocorrência foi registrado na terça-feira (22). O pastor não estaria em Franca, mas será intimado a depor.


Antes que o caso se tornasse público, o pastor tentou abafá-lo, pedindo perdão às vítimas e alegando estar doente. Informou que teria conversado com outros pastores e sido perdoado, mas isso não tinha ocorrido. Assim, as meninas levaram a denúncia adiante.





Fontes:

Pastor de Joinville ora para reanimar fiel cardíaca, e ela morre



Nem a fé nem a ciência foram suficientes para salvar a balconista joinvilense Miriam Cardoso da Silva, 34 anos, que morreu segunda-feira à noite, por volta das 21h, durante um culto na Catedral da Família, da Igreja do Evangelho Quadrangular, no Costa e Silva. Seu coração parou de bater duas vezes. Na última o marca-passo deixou de funcionar, fatalmente.



Cerca de 300 pessoas acompanhavam a pregação quando Miriam começou a passar mal e foi levada ao púlpito. Pastores oraram para reanimá-la, em vão. Amigas de Miriam, a técnica de enfermagem Gislaine Silvana Machado Karnopp, 33 e a estudante de técnica de enfermagem Angela Maria dos Reis, 42, perceberam que a pulsação estava fraca.

Logo elas começaram os procedimentos de reanimação. Enquanto Gislaine aplicava massagem cardíaca, Angela fazia respiração boca a boca, . “A respiração dela estava bem lentinha”, disse Gislaine. “Ela começou a ficar cianótica”, completou Angela.


A morte de uma mulher de 34 anos dentro de uma igreja evangélica no bairro Costa e Silva, na zona Norte de Joinville, deixou familiares revoltados com a falta de socorro. Miriam Rondam Cardoso tinha problemas no coração, usava marcapasso e morreu após ter uma parada cardíaca.

Por causa disso, no fim da tarde desta terça os familiares registraram um boletim de ocorrência contra a Igreja do Evangelho Quadrangular. A intenção, segundo eles, é evitar que negligência que consideram ter havido leve a dor a outras famílias.

— Não queremos dinheiro. Queremos que se tenha cuidado com os fiéis para evitar uma outra morte —, diz o cunhado de Miriam, Nelson Schwalpe, de 39 anos.

A balconista também morava no bairro Costa e Silva, nos fundos da casa da mãe, e era frequentadora dos cultos. Na noite de segunda, ela, a irmã e a mãe foram até a igreja. No final do culto, perto das 21 horas, Miriam passou mal e desmaiou no chão. Segundo Nelson Schwalpe, ela sabia que sofria de um problema cardíaco.

Quando Miriam passou mal, Nelson conta que muita gente foi em cima dela.

— A família ficou preocupada na hora e começou a cuidar para que não a sufocassem —, conta ele, justificando o porquê de os familiares não terem chamado ajuda logo.

Enquanto isso, segundo ele, o pastor teria preferido orar pela melhora de Miriam.

— Ele omitiu ajuda. Começou a orar achando que ela estava com algum espírito e acreditou que orando poderia salvá-la.

Para receber as orações, Miriam foi levada ao altar e depois para uma sala anexa, de acordo com Nelson, que calcula ter se passado quase 50 minutos até chamarem socorristas. Quando chegou, a equipe do Samu conseguiu reanimar a mulher, mas ela teve outra parada cardíaca e acabou morrendo.

— Houve falha. Passou muito tempo até chegarem os socorristas. Miriam não volta mais e a gente quer que a igreja esteja preparada para quando ocorrer um acidente desses. Ou chamam ajuda de uma vez ou disponibilizam profissionais.

Conforme o cunhado, Miriam será enterrada nesta terça, às 9 horas, no Cemitério Municipal. Ela tinha dois filhos – uma menina de 12 e um menino de 14. Família registrou o fato na delegacia e acredita ter havido omissão de socorro

O delegado Fernando Padilha, da Delegacia Norte, no Costa e Silva, em Joinville, onde foi registrada a ocorrência, não foi localizado para falar do assunto. Segundo o cunhado de Miriam, Nelson Schwalpe, um atendente da delegacia informou que o primeiro procedimento seria ouvir a igreja para depois dar retorno à família.

A omissão de socorro, alegada pelos familiares de Miriam, é crime cuja pena vai de um a seis meses de prisão, mas pode ser triplicada se resultar em morte.

“AN” procurou a igreja, mas não conseguiu falar com o pastor responsável pelo culto na noite de segunda. Ele também não retornou as ligações para o seu telefone celular. 



Fontes:
G1 Gospel - http://www.g1gospel.com/2011/02/mulher-morre-de-ataque-cardiaco-durante.html
Foto: Orkut -http://www.orkut.com.br/Main#Profile?uid=154662271856541696