quarta-feira, 13 de março de 2013

Presidente e Pastores da Igreja Maranata são presos no Espírito Santo


Na manhã dessa terça-feira (12), quatro pastores da Igreja Cristã Maranata foram presos pela Polícia Federal no Espírito Santo e, decorrência de uma investigação contra a igreja por crimes como estelionato, lavagem de dinheiro, tráfico de influência, falsidade ideológica e desvio de erário.

A prisões, que ocorreram em uma ação conjunta da Polícia Federal com o Ministério Público do Espírito Santo (MP-ES), foi realizada porque os pastores são acusados de coagir e intimidar testemunhas e autoridades para dificultar o andamento das investigações que correm contra a instituição religiosa. O MP-ES abriu inquérito em março de 2012 para apurar a suspeita de desvio de dízimo e enriquecimento ilícito por parte de membros da diretoria da instituição, a partir de uma denúncia que partiu de um processo feito pela própria igreja contra os suspeitos.

As investigações do Ministério Público a respeito da administração da Igreja Maranata descobriu um aumento do patrimônio de alguns dos principais líderes da denominação em até seis vezes.

Descobriu-se ainda que a movimentação nas contas correntes dos investigados foi até dez vezes maior do que o declarado ao Imposto de Renda. A análise do patrimônio e finanças dos investigados vem sendo feita pela equipe do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco).

A Igreja Maranata está há mais de um ano sob investigação por denúncias de desvio do dízimo de fiéis através de notas fiscais frias e superfaturamento de materiais e bens comprados pela direção da denominação.

O dízimo desviado "era utilizado por determinados membros para investimento em bens e vantagens particulares", afirmou o relatório da investigação, de acordo com informações do site A Gazeta.

Uma disputa judicial foi travada para garantir que Gedelti Victalino Gueiros, um dos diretores afastados, possa ser reconduzido ao cargo de comando na igreja. Ele e outros integrantes da cúpula da igreja tiveram bens bloqueados e foram impedidos de entrar na sede da administração da igreja, em Vila Velha, Espírito Santo.

O pastor obteve um habeas corpus que revertia o afastamento de Gueiros, porém, o mesmo continua impedido de assumir o cargo ou acessar o prédio da sede administrativa pois a decisão da juíza Sayonara Couto Bittencourt Barbosa, da Vara de Inquéritos Criminais de Vitória, ainda não foi revogada.





As prisões dos líderes da igreja aconteceram em meio à semana de comemorações pelos 45 anos da igreja, que no último domingo reuniu 100 mil fiéis em um mega culto na Praça do Papa, em Vitória para celebrar o seu aniversário.

Segundo o portal G1, entre os presos, estão o presidente afastado Gedelti Gueiros, que teve o benefício da prisão domiciliar devido à idade avançada; o atual presidente Elson Pedro dos Reis e o pastor Amadeu Loureiro, que foram encaminhados para o Centro de Triagem de Viana; e o advogado Carlos Itamar Coelho Pimenta, que ficará no Quartel da Polícia Militar, em Maruípe, Vitória.


O Ministério Público informou que as prisões dos pastores foram efetuadas de maneira a proteger as vítimas das coações, que acontecem de forma direta e indireta, dificultando o andamento das investigações.


Em nota oficial, a Igreja Maranata nego ter coagido testemunhas ou ameaçado autoridades, a igreja informou ainda que está processando judicialmente aqueles que estão acusando a instituição, de acordo com a lei. De acordo com o comunicado, a igreja acredita que todas as acusações e acontecimentos desta terça-feira, com a prisão dos pastores, foram pautadas no desejo de retaliação e perseguição.



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