quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Band Rio demite jornalistas e encerra programa de Cidinha Campos


reprodução


Cidinha Livre deu um tempo e sai da grande da Band Rio


RIO DE JANEIRO (O REPÓRTER) - "Alô, gente boa. Eu tô subindo. Volto amanhã, se deixarem." É com este bordão que a deputada estadual Cidinha Campos sempre se despede do público que a acompanha, seja no rádio ou na TV. E foi com ele que ela encerrou o seu último programa, o "Cidinha Livre", que ia ao ar nas tardes de segunda a sexta, pela Band Rio.

No programa dessa terça-feira(31) Cidinha pedia desculpas aos seus telespectadores por não ter tempo de responder a todas as mensagens que chegavam a sua caixa de e-mail e que faria isso nas próximas edições do "Cidinha Livre". Não deixaram. Poucos minutos após o fim do programa, uma mensagem via Twitter pegou todos os seus telespectadores de surpresa.

"Meu programa de televisão acabou. Foi bom enquanto durou", postou a deputada, para logo depois emendar, via Facebook.

"Mesmo sendo a maior audiência da programação carioca, a Band tirou o meu programa do ar sob a alegação de que era 'muito caro'. Agradeço o carinho de todos vocês!"

Em entrevista exclusiva a O REPÓRTER, Cidinha deu detalhes sobre a sua saída da emissora dos Saad, a Band, que foi procurada pela reportagem e não retornou os contatos.


Cidinha, como foi o comunicado da Band a você e a sua equipe?


- Eu fui pega de surpresa, com toda a minha equipe. Eram 19 profissionais para fazer o programa. E quem foi falar com a direção fui eu. Eu fui dizer que precisava de mais gente, porque o meu programa não era fácil fazer. 


E como eles te receberam?


- Lamentavelmente patrão é tudo igual. Só muda a frequência e o canal de televisão. Fui pedir mais gente e a direção me disse que não dava porque o meu programa ia acabar. Aí, eu perguntei quando seria e eles me responderam:  'hoje' (31/jan).


Você acredita que pode ter haviado alguma pressão política para que você saísse do ar? Você 'batia' muito forte em políticos.


- Não acredito que tenha sido isso. Eu sou amiga do governador Sérgio cabral, do prefeito do Rio, Eduardo Paes. Não tenho nenhum problema com eles. A não ser que a Band tenha alguma estratégia nessa área. Alguma coisa com o Gabeira [deputado federal pelo PV]. Mas não acredito em influência política.


Por que então, sendo o programa de maior audiência da grade carioca, a emissora resolveu tirá-lo do ar?


- Como eu disse, o meu programa dava trabalho para ser produzido. E a Band não quer ter trabalho, quer ganhar dinheiro. Eu pegava a audiência da "Furacão 2000" no traço e dava mais pontos no Ibope do que o 'Brasil Urgente Rio'.


E não pensaram em aproveitá-la no horário que antecede o Datena?


- Sim, chegaram a me propor há um tempo, mas não podia aceitar. Nesse horário eu tenho um compromisso na Alerj [Assembleia Legislativa do Estado do Rio] onde eu fui eleita para representar o povo.


No seu programa de estreia na Band, em novembro de 2010, você havia agradecido aos diretores da emissora, especificamente ao Daruiz Paranhos, diretor de Jornalismo. Ficou alguma mágoa pela quebra de contrato?


- Nenhuma mágoa. Na primeira vez que eu fui demitida na minha vida chorei, parecia que o mundo ia acabar. Mas depois de um tempo você acostuma. Eu fiquei agradecida porque eu não pedi para estar na Band. Eles foram me buscar em casa e a ideia que passaram foi: 'nós vamos investir no Rio e você tem a cara do Rio'.


E agora, lembrando disso, não te chateia?


- O que me deixa chateada é a demissão de toda a equipe. Acho que alguns serão aproveitados, mas 19 profissionais foram dispensados. A pior coisa foi a maneira que acharam para acabar com o programa. Tenho contrato até abril de 2012, mas eles resolveram acabar com o programa antes do fim do contrato.


Ainda é cedo para falar sobre o futuro ou você já tem convites para outras empresas? Pensa em voltar ao rádio?


- Rádio nunca mais vou fazer. O rádio me sugou. Eu acordava às 4h da manhã para fazer o meu programa. Agora tenho que olhar pelo lado bom. No carnaval eu iria passar trabalhando, agora vou poder ir à praia. Eu tinha um convite para ir à China que não pude aceitar por causa do trabalho, agora posso.


Vida que segue Cidinha?


- É. Eu lí um livro há muito tempo e que recomendo, do escritor inglês  Graham Greene, ' Quem perde ganha'. Apesar de estar esgotado, vale a pena procurar. Agradeço ainda a todas as manifestações de carinho que recebi.


Leia mais sobre esse assunto em http://oreporter.com/detalhes.php?id=71066#ixzz1l93Nzj77 
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