segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Pastora acusada de fazer mulher lhe doar casa de R$ 535 mil




 
foto
Foto: GERSON OLIVEIRA/CORREIO DO ESTADO
Casa que foi doada para pastora fica na Vila Célia










A pastora Julieta de Souza, 51 anos, foi indiciada pela Polícia Civil, acusada de crime de estelionato, por conta de uma doação nada comum: uma casa no valor de R$ 535 mil comprada com dinheiro à vista. A oferta foi feita por uma idosa de 80 anos, em 2010, após começar a frequentar a Igreja Evangélica Pentecostal Unidos pela Fé, localizada na regiãodo Bairro Coronel Antonino, saída para Cuiabá.
Segundo a polícia, a idosa não tem filhos e nem marido. A pastora teria iniciado a amizade com a idosa com a finalidade de ajudá-la a "expulsar os demônios da sua vida". A vítima passou a frequentar a igreja e a pastora, que morava em uma edícula (casa pequena que fica nos fundos de um terreno) no Jardim Imperial, ganhou a residência de mais de meio milhão de reais, localizada na Vila Célia.

No inquérito consta depoimento da líder religiosa sobre a doação. Segundo o delegado Miguel Said, da 1ª Delegacia de Polícia Civil de Campo Grande, Julieta de Souza teria dito que achava normal receber uma casa neste valor e que ela orava muito a Deus e por isso foi agraciada com essa benção.
A família da idosa (sobrinhos e irmãos) resolveu denunciar o caso à polícia. Em depoimento, a idosa disse ter se arrependido de ter doado a residência e fez isso porque foi ludibriada por Julieta de Souza. "Nós também entendemos as coisas desta forma e por isso foi feito o indiciamento da pastora. O inquérito está em fase de relatório", informou o delegado.
A advogada da pastora, Keila Falcão, sustentou que a doação foi feita de forma espontânea para a sua cliente e que, inclusive, há laudos sobre a sanidade mental da idosa, documentos que comprovam sua capacidade de tomada de decisões.
"Foi a família dessa senhora que fez a denúncia. Eles nunca cuidaram dela e agora querem se passar por parentes. A doação foi feita porque essa senhora queria fazer isso. Ninguém a obrigou a nada", argumentou Keila Falcão.
Leia mais no jornal Correio do Estado

Vida Longa e Próspera
Alberto Jr.

Nenhum comentário :

Postar um comentário